foto mostra cena do documentário Fios da Memória

Documentário ‘Fios da Memória’ relembra e mantém viva a tradição tecelã de Anápolis

A tradição tecelã de Anápolis segue viva a partir do documentário ‘Fios da Memória’. A produção retrata a história das fiandeiras e tecelãs do antigo Centro de Tecelagem do Bairro Boa Vista, de uma época em que a indústria têxtil era o ponto forte do município. Com entrada franca, o filme dirigido pela anapolina Alba Caldas estreia neste sábado (21).

Principalmente nas décadas de 60, 70 e 80, a indústria de tecelagem se sobressaía em Anápolis. Além do polo no bairro Boa Vista, a prática era forte também na Vila Jaiara e impactava parte considerável das famílias anapolinas. No entanto, a memória desta tradição vem se perdendo com o passar dos anos, principalmente após o ramo têxtil perder seu predomínio para outros segmentos.

“Daí veio a vontade e a necessidade de registrar e contar essas histórias que são tão importantes para nossa biografia coletiva. É um filme delicado, afetuoso e espero que as pessoas se emocionem comigo.”, justifica Alba. A diretora cresceu no Bairro Boa Vista e viu de perto a atuação do Centro de Tecelagem, passando um tempo precioso com as senhoras do fio.

A estreia acontece no sábado (21), às 20h no Espaço Cultural Mariah, na Rua Argentina, quadra 06-A, lote 22, no bairro Boa Vista. Por fim, a entrada é gratuita.

‘Fios da Memória’: sobreviver no tempo

Por meio da tecelagem manual, as mulheres fiandeiras e tecelãs encontraram um local de trabalho, sustento e afeto. O processo tecelã, inclusive, foi crucial para a construção do Bairro Boa Vista a partir do Centro de Tecelagem.

Agora, as remanescentes desta cultura contam sua história no ‘Fios da Memória’ e mantêm viva a memória através da prática tecelã, mesmo em meio ao apagamento e à falta de apoio.

“Acompanhei o trabalho de Ludmila Machado, que desenvolveu um projeto incrível com elas durante vários anos, o primeiro ‘Fios da Memória’“, cita Alba Caldas ao comentar sobre o pontapé inicial para elaborar a produção.

Foto de 2009 mostra atuação da ACAA com mutirão de tecelagem manual (Foto: Divulgação/Fios da Memória)

O projeto de Ludmila Machado firma sua atuação na Associação Cultural e Artística de Anápolis (ACAA). Com isso, busca perpetuar as origens da tecelagem em geral, seus mitos, a presença feminina, os instrumentos utilizados e a tecelagem manual.

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